Primeira audiência do caso Isabelly é marcada para novembro de 2025 em São Gabriel

A primeira audiência sobre o caso da morte da menina Isabellly Carvalho Brezzolinde apenas 11 anos, já tem data marcada: novembro de 2025, em São Gabriel. Na ocasião, devem ser ouvidas as testemunhas de acusação. Os acusados pelo crime seriam os próprios pais da menina, José Lindomar Nunes Brezzolin, 55 anos, e Elisa Carvalho, 36, denunciados pelo Ministério Público por homicídio culposo.


Isabelly morreu em 8 de maio deste ano em decorrência de uma infecção generalizada, após dar entrada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Para a polícia, a criança foi vítima de maus-tratos e estupro de vulnerável. 


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O pai da vítima também foi denunciado por estupro de vulnerável e por ameaças à mãe da menina, no contexto de violência doméstica e familiar. O casal foi preso em 7 de maio. No momento, apenas José Lindomar segue detido. Elisa chegou a ser presa e transferida para ala feminina do presídio Regional de Santa Maria, mas foi liberada no dia 19 de maio, depois do parecer favorável da Justiça. 


Após a coleta de depoimentos das testemunhas de acusação em novembro, outras audiências para ouvir as testemunhas de defesa e os próprios réus devem ser realizadas, mas ainda não há uma data para isso. 


O que dizem as defesas

Neste momento, o processo criminal segue tramitando em "regular andamento", como informa a defesa da mãe de Isabelly, representada pelos advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, que se pronunciou por meio de nota:


"A defesa de Elisa, representada pelos advogados criminalistas Dra. Rebeca Canabarro e Dr. Andrei Nobre, já apresentou a primeira etapa defensiva que é a resposta à acusação, estando o feito atualmente na fase de aguardo da audiência de instrução e julgamento, já designada para novembro de 2025 pelo juízo de São Gabriel, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação. O processo também se encontra na expectativa de produção de outras provas imprescindíveis para o pleno deslinde da causa. Seguiremos atuando de forma diligente, com firme compromisso em buscar a justiça por Elisa e Isabelly."


José Lindomar é representado pelo advogado Alesson Lopes Rangel, que afirmou, por meio de nota, que se manifestará somente nos autos do processo.

"A defesa constituída de José Lindomar aguarda os próximos andamentos do processo e quanto aos fatos se manifestará nos autos."


Relembre o caso

Na manhã do dia 7 de maio, Isabelly foi levada ao Hospital Santa Casa, em São Gabriel, apresentando sintomas graves. Devido à gravidade do quadro, foi transferida para o Husm, em Santa Maria, onde morreu na manhã do dia 8. Inicialmente, foi noticiado que a menina teria sido vítima de agressões e abuso sexual. Os principais suspeitos seriam os pais da criança.


Eles foram presos após a filha dar entrada no hospital com sinais que indicariam violência, como costelas fraturadas, pulmão perfurado, hematomas pelo corpo e lesões nos órgãos genitais. Aos policiais, o casal alegou que a filha havia caído da cama e negou o crime. A Santa Casa de São Gabriel foi procurada na época pelo Diário e afirmou que nenhum dos exames realizados no momento da admissão apontou fraturas de costelas ou indícios de violência sexual na vítima. Relembre aqui. 


O resultado do laudo da necropsia feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou que a morte de Isabelly se deu em decorrência de uma infecção generalizada, por complicações de uma pneumonia, sem qualquer relação com violências físicas ou sexuais. 


Mesmo assim, a Polícia Civil de São Gabriel concluiu o inquérito e indiciou os pais da menina por maus-tratos e estupro de vulnerável. Por causa de contradições informadas ao longo das apurações, o delegado Daniel Severo, responsável pelo caso, optou por decretar sigilo sobre o restante da investigação.


Conforme a denúncia feita no dia 28 de maio, pelo promotor de Justiça Mauricio Arpini Quintana, de São Gabriel, entre o fim de abril e 8 de maio de 2025, os pais de Isabelly deixaram de adotar as providências necessárias diante do agravamento do quadro de saúde da filha. “(...) devendo e podendo agir para evitar o resultado, omitiram-se, por negligência, na adoção das medidas necessárias e, assim, mataram Isabelly, pessoa menor de 14 anos, falecida em razão de insuficiência respiratória, sepse e coagulação intravascular disseminada decorrente de pneumonia necrotizante, também da otite e mastoidite, tudo conforme exames e o laudo pericial”, diz a denúncia.


O pai também foi denunciado por estupro de vulnerável e por ameaças à companheira, Elisa Carvalho, mãe de Isabelly. De acordo com a investigação, entre março de 2023 e maio de 2025, ele teria praticado atos libidinosos contra a filha. 


Além disso, conforme o MP, em três ocasiões José Lindomar ameaçou a companheira. Em uma das vezes, teria apontado faca em direção à mulher, depois de ser repreendido por seu comportamento abusivo com a filha. Segundo a denúncia, as ameaças foram praticadas para garantir a impunidade dos estupros.


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